Galego | Castellano| Português

DOG - Xunta de Galicia -

Diario Oficial de Galicia
DOG Núm. 21 Quarta-feira, 30 de janeiro de 2013 Páx. 2617

V. Administração de justiça

Julgado do Social número 2 da Corunha

EDICTO (SSS. 1028/2011).

Óscar Méndez Fernández, secretário judicial do Julgado do Social número 2 da Corunha, faço saber que no procedimento segurança social 1028/2011 deste julgado do social, seguido por instância da Mútua Gallega Acidentes de Trabajo contra Euromerchant 2001, S.L., Instituto Nacional da Segurança social e Sespa, sobre segurança social, foi ditada a seguinte resolução:

«Na cidade da Corunha, 8 de janeiro de 2013.

Lara M. Munín Sánchez, juíza substituta do Julgado do Social número 2 da Corunha, ditou o seguinte

Auto.

Antecedentes de facto.

Primeiro. Com data 4.1.2013 foi ditada sentença por este julgado na qual se desestimaba a pretensão da Mútua.

Segundo. Com data 7.1.2013 apresenta um escrito a Mútua candidata solicitando um esclarecimento da sentença.

Fundamentos de direito.

Único.

1. As leis consagram a invariabilidade das sentenças pelo próprio órgão que as ditou e o único canal legalmente prevista para modificar os seus termos é o do esclarecimento (artigo 267 LOPX; e artigos 214 e 215 LAC), como dimensão do direito à tutela judicial efectiva (SSTC 14/1984; 138/1985; 119/1988; 203/1989; 27/1992; 101/1992 etc.). Mas, constituindo a via aclaratoria ou sanatoria uma excepção ao princípio de intanxibilidade, este mecanismo deve-se perceber limitado à função específica reparadora para que se estabeleceu, assim como que a figura do esclarecimento deve ser objecto de uma rigorosa interpretação restritiva, pelo seu carácter de excepção face ao princípio de inmodificabilidade das resoluções judiciais (SSTC 180/1997, 27/outubro, FX 2; e 48/1999, 22/março, FX 2 etc.).

2. Não obstante, neste assunto cometeu-se um evidente e inxustificado erro material, dado que se considerou que a candidata não concretizara a quantia da reclamação –isto é, deixara ilíquida a sua pretensão– nem também não achegara nenhum elemento que permitisse a supracitada cuantificación, quando, em realidade, sim o fixo, apesar de que não se recolhia expressamente na acta de julgamento, mas sim claramente concretizado na gravação do DVD; isso provocou a introdução de um parágrafo segundo no fundamento jurídico segundo, no qual, conforme os artigos 88.1.d LXS (ídem LPL) e 217 LAC, em relação com o artigo 99 LXS (ídem LPL), se argumentava a desestimación por falta de especificação da quantia que se reclamava ao INSS. Isto implica um erro material evidente e inescusable que se deve corrigir complementando a resolução (artigo 215 LAC), de tal forma que se substitua esse parágrafo, se acrescente um novo facto experimentado que recolha a quantidade que abonou a Mútua Gallega como consequência da declaração de continxencia profissional do processo de IT e, portanto, se corrija a disposição da sentença. Tudo isto apesar de que suponha um amparo muito amplo na figura jurídica do esclarecimento/complemento, pois considera-se o mais adequado tanto porque, advertida a quantia do preito, não caberia recurso de suplicación contra a sentença, como porque concorrem razões de economia processual (só ficaria o expediente de nulidade, ao não caber recurso, dada a quantia e apesar de que se expressou a sua possibilidade na própria sentença, e sendo o resultado final este: correcção da fundamentación e disposição da resolução agora corrigida), à parte de que se revela manifestamente, sem precisão de nenhuma actividade dedutiva (suficiente a audição da gravação e o próprio expediente administrativo). Portanto,

(1) Acrescentar-se-á um novo ordinal que diga: «Quarto. A Mútua Galega abonou ao INSS a quantidade de 1.569,87 €, como capital custo da prestação económica de incapacidade temporário presente (expediente administrativo: resolução da EG de data 23.3.2012).».

(2) Substituir-se-á o parágrafo segundo do fundamento jurídico segundo pelo seguinte: «A EG também opôs a existência de uma petição ilíquida por parte da Mútua, excepção que não pode acolher-se, porque, apesar de que no seu escrito de esclarecimento de 13.11.2012 se fixava aquela em «as quantidades abonadas por esta entidade no que diz respeito à prestações económicas de IT e assistência sanitária», no acto do julgamento a candidato fixou a quantia da reclamação em 1.569,87 €, que é, precisamente, a abonada ao INSS pelo período de IT declarado derivado de acidente de trabalho e depois modificado. Portanto, admitida a validade da redução do objecto quanto às consequências derivadas da mudança de continxencia, também haverá que aceitar com respeito à especificação realizada na vista, dado que nenhuma indefensión causa à EG, que é plenamente consciente de canto reclamara e reintegrara da Mútua ao considerar administrativamente o processo de IT como profissional. Ademais, determinada a continxencia do processo de IT iniciado o 25.6.2010 e finalizado o 24.6.2011 como derivada de doença comum, os gastos assumidos pela Mútua candidata (na parte em que foi declarada responsável –havia corresponsabilidade com outra– pela resolução do INSS de data 23.3.2012, isto é, 1.569,87 €) devem ser-lhe reintegrados pelo INSS, pelo que deve admitir-se a demanda.

Terceiro. Contra a presente sentença não cabe recurso de suplicación, ao não superar os 3.000 € a quantia litixiosa (artigo 191.2.g LJS)».

(3) Substuirase a parte dispositiva pela seguinte seguinte: «Que, estimando a demanda interposta pela Mútua Gallega de Acidentes de Trabajo contra o Instituto Nacional da Segurança social, o Serviço de Saúde do Principado das Astúrias e a empresa Euromerchant 2001, S.L., condena-se o Instituto Nacional da Segurança social a abonar-lhe a quantidade de mil quinhentos sessenta e nove euros e oitenta e sete céntimos (1.569,87 €), com absolución das demais codemandadas.

Notifique-se esta resolução às partes e faça-se-lhes saber que é firme».

Vistos os artigos citados e demais de geral e pertinente aplicação.

Parte dispositiva.

Acorda-se corrigir o ordinal quarto, o parágrafo segundo do fundamento jurídico segundo e a parte dispositiva da sentença de data 4.1.2013, ditada nos autos 1028/2011, nos termos expressados na fundamentación jurídica deste auto.

Notifique-se esta resolução e faça-se-lhes saber que é firme.

E para que sirva de notificação em legal forma a Euromerchant 2001, S.L., expeço a presente para a sua inserção no Diário Oficial da Galiza.

Adverte-se ao destinatario que as seguintes comunicações se farão fixando cópia da resolução ou da cédula no tabuleiro de anúncios do escritório judicial, salvo o suposto da comunicação das resoluções que devam revestir forma de auto ou sentença, ou quando se trate de emprazamento.

A Corunha, 9 de janeiro de 2013

O secretário judicial