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DOG - Xunta de Galicia -

Diario Oficial de Galicia
DOG Núm. 114 Sexta-feira, 15 de junho de 2018 Páx. 29312

III. Outras disposições

Conselharia de Sanidade

ORDEM de 12 de junho de 2018 pela que se determinam os serviços mínimos durante a folgar que afectará o pessoal técnico em cuidados auxiliares de enfermaría do Hospital Álvaro Cunqueiro de Vigo a partir do dia 18 de junho de 2018.

O artigo 28.2 da Constituição espanhola reconhece como direito fundamental da pessoa o direito à greve.

O exercício deste direito na Administração e nas empresas, entidades e instituições públicas ou privadas que prestem serviços públicos ou de reconhecida e inaprazable necessidade, no âmbito e competências da Comunidade Autónoma da Galiza, está condicionar à manutenção dos serviços essenciais fixados no artigo 2 do Decreto 155/1988, de 9 de junho (DOG núm. 116, de 20 de junho de 1988), entre os quais se encontra a sanidade.

O exercício público da prestação da assistência sanitária não se pode ver afectado gravemente pelo legítimo direito do exercício de greve, já que aquele é considerado e reconhecido prioritariamente em relação com este.

O artigo 3 do citado decreto faculta os conselheiros ou conselheiras competente por razão dos serviços essenciais afectados para que, mediante ordem e ante cada situação de greve, decidam o mínimo de actividade necessária para assegurar a manutenção dos tais serviços, assim como para determinar o pessoal necessário para a sua prestação.

As organizações sindicais CC.OO., CSIF, UGT, CIG e SAGAP comunicaram a convocação de uma greve que afectará todos/as os técnicos/as em cuidados auxiliares de enfermaría do Hospital Álvaro Cunqueiro de Vigo e que se desenvolverá durante a jornada completa dos dias 18, 21, 25 e 28 de junho de 2018.

Uma vez outorgada audiência ao comité de greve,

DISPONHO:

Artigo 1

A greve referida perceber-se-á condicionar à manutenção dos serviços mínimos, segundo os critérios que se estabelecem nesta ordem.

A greve convocada afecta todo o pessoal técnico em cuidados auxiliares de enfermaría (TCAE) que presta serviços no Hospital Álvaro Cunqueiro de Vigo e desenvolver-se-á, nos termos da própria convocação, durante várias jornadas completas. Em consequência, tiveram-se em conta para a determinação dos serviços essenciais os seguintes factores: o risco para os/as pacientes, a consegui-te afectação da greve à actividade assistencial e o volume de povoação atendida no citado centro, unido à própria duração da greve. Por isso devem manter-se os serviços mínimos necessários para garantir a assistência imprescindível a os/às pacientes hospitalizados/as, assim como a atenção que não pode adiar-se sem consequências negativas para a saúde.

De acordo com a motivação anterior, os serviços mínimos que se fixam resultam totalmente imprescindíveis para manter a ajeitada cobertura do serviço essencial de assistência sanitária, para os efeitos de evitar que se produzam graves prejuízos à cidadania, e, ao próprio tempo, respondem à necessidade de compatibilizar o respeito ineludible do exercício do direito à greve com a atenção à povoação, que baixo nenhum conceito pode ficar desasistida, dadas as características do serviço dispensado.

Estas circunstâncias, unidas à necessidade de garantir a presença de um mínimo de pessoal que possa atender de forma permanente a actividade imprescindível nesse âmbito, determinam que para a fixação dos serviços mínimos se adoptem os seguintes critérios reitores:

1. Cobertura do 100 % da actividade urgente num triplo âmbito:

– Serviços de urgências.

– Quirófanos urgentes (gerais e de tocoloxía) para a atenção de os/as utentes/as que requeiram intervenções cirúrxicas inaprazables.

– Salas de partos.

2. Na área de hospitalização estabelecer-se-á o número necessário para garantir os cuidados de os/as pacientes hospitalizados/as, em correspondência com os efectivos de um domingo ou feriado.

3. No âmbito das consultas estabelecer-se-ão serviços mínimos num duplo âmbito:

– Apoio à atenção das consultas especializadas consideradas como urgentes ou preferente.

– Atenção das consultas inaprazables de os/as pacientes oncolóxicos/as que requeiram tratamento citostático e de os/as pacientes deslocados/as.

4. No âmbito dos serviços centrais, garantir-se-á a realização das provas complementares urgentes e as que se refiram a os/às doentes hospitalizados/as que, no critério do pessoal facultativo, sejam necessárias e inaprazables, em correspondência com os efectivos de um domingo ou feriado.

5. Garantir-se-á a dispensação de medicamentos, hemoderivados e produtos sanitários, em correspondência com os efectivos de um domingo ou feriado.

6. Unidades especiais: o número necessário para garantir o cuidado de os/as pacientes, em correspondência com os efectivos de um domingo ou feriado.

Artigo 2

A fixação do pessoal necessário para a cobertura dos serviços mínimos deverá estar adequadamente motivada.

A justificação deve constar no expediente de determinação de mínimos e exteriorizarse adequadamente para o geral conhecimento do pessoal destinatario. Deverá ficar constância no expediente dos factores ou critérios cuja ponderação conduz a determinar as presenças mínimas.

O pessoal necessário para a cobertura dos serviços mínimos deverá ser publicado nos tabuleiros de anúncios do centro com antelação ao começo da greve.

A designação nominal dos efectivos que devem cobrir os serviços mínimos, que deverá recaer no pessoal de modo rotatorio, será realizada pela gerência executiva e notificada ao pessoal afectado.

O pessoal designado como serviço mínimo que deseje exercer o seu direito de greve poderá instar a substituição da sua designação por outro/a profissional que voluntariamente aceite a mudança de maneira expressa.

No anexo desta ordem recolhe-se o número de presenças mínimas acordado para cobrir as jornadas de greve.

Artigo 3

Os desempregos e as alterações no trabalho por parte do pessoal necessário para a manutenção dos serviços mínimos serão considerados ilegais para os efeitos do estabelecido no artigo 16 do Real decreto lei 17/1977, de 4 de março (BOE núm. 58, de 9 de março de 1977).

Artigo 4

O disposto nos artigos anteriores não significará nenhum tipo de limitação dos direitos que a normativa reguladora da greve reconhece ao pessoal nesta situação, nem também não sobre a tramitação e efeitos dos pedidos que a motivem.

Artigo 5

Sem prejuízo do que estabelecem os artigos anteriores, dever-se-ão observar as normas legais e regulamentares vigentes em matéria de garantias dos utentes/as dos estabelecimentos sanitários. Os altercados ou incidentes que se produzam serão objecto de sanção com base nas normas vigentes.

Disposição derradeiro

Esta ordem produzirá efeitos e entrará em vigor o mesmo dia da sua publicação no Diário Oficial da Galiza.

Santiago de Compostela, 12 de junho de 2018

Jesús Vázquez Almuíña
Conselheiro de Sanidade

ANEXO

Hospital Álvaro Cunqueiro de Vigo

Serviços mínimos

Manhã

Tarde

Noite

Técnicos/as em cuidados auxiliares de enfermaría (TCAE)

Urgências

13

16

11

Área Cirúrxica

22

16

14

Área Clínica/Hospitalização

93

71

45

Serviços Centrais

4

-

-

Total

132

103

70